MENOS ESTRESSE

No momento presente, todos nós podemos sentir ameaça, insegurança, timidez ou frustração.

Essas emoções são parte da experiência humana e podem levar ao surgimento do estresse e da raiva. Cada indivíduo vivencia essas emoções de maneira única, e é importante reconhecê-las e acolhê-las. Elas têm sua função: nos alertar, nos preparar para enfrentar desafios e nos impulsionar a buscar alternativas. O estresse, em sua medida saudável, é uma resposta natural do nosso organismo. Neste contexto, quero te convidar a uma reflexão sobre como podemos acolher e integrar essas emoções, valorizando seus aspectos construtivos e cuidando dos seus excessos.

 

Quando vivenciamos a raiva, nosso corpo responde. Tornamo-nos mais reativos, nosso coração acelera, respiramos mais rápido e nossos músculos se tensionam. Essa é uma resposta ancestral, preparando-nos para lutar ou fugir. No entanto, em meio a essa tempestade emocional, nossa capacidade de pensar claramente pode ser comprometida.

O equilíbrio hormonal é crucial para nossa saúde emocional. O excesso de cortisol, por exemplo, pode reduzir nossos níveis de serotonina, o “hormônio da felicidade”. Isso pode nos tornar mais sensíveis à dor e à raiva, e até mesmo predispor a comportamentos agressivos e depressão.

É fundamental estar atento ao que sentimos. Se a raiva se tornar uma constante, pode ser um sinal de que algo em nossa vida precisa de atenção. A raiva crônica não é apenas prejudicial para nossa saúde mental, mas também pode afetar nossa saúde física, levando a condições como hipertensão e diabetes.

E como podemos cuidar de nós mesmos neste processo?

Comece por se permitir sentir. Respire profundamente e dê espaço para que suas emoções se manifestem. Esteja presente com o que sente.

A terapia, especialmente a Gestalt-terapia, pode ser um espaço seguro para explorar e integrar essas emoções. Se você se sentir constantemente agitado ou com raiva, buscar apoio terapêutico pode ser um passo valioso.

Uma reflexão para finalizar:

Dizem que nossa resposta neurológica ao estresse é breve. Talvez seja por isso que muitos sugerem contar até 10 quando nos sentimos enfurecidos. Que tal experimentar?

Osmar Ramos, psicólogo: CRP 0322237