A “personalidade” sanguínea é uma das quatro tipologias descritas na teoria dos temperamentos, originada na Grécia Antiga por Hipócrates, que a cada dia se atualiza. Pessoas com este tipo de temperamento apresentam características específicas que as tornam marcantes, especialmente no aspecto emocional e social.
Um autor interessante para pensarmos neste assunto é Cloninger. O modelo psicobiológico de Cloninger propõe que a personalidade é composta por quatro dimensões de temperamento e três de caráter. Uma das dimensões de temperamento é a busca de novidades (novelty seeking), que se refere à tendência de um indivíduo a buscar estímulos novos e recompensadores, sendo associada ao sistema dopaminérgico. Indivíduos com alta pontuação nessa dimensão tendem a ser impulsivos, exploradores, excitáveis e rápidos em responder a estímulos novos. Essas características são compatíveis com o perfil de uma personalidade sanguínea, que é descrita como energética, entusiástica e propensa a buscar novas experiências.
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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
- Sociáveis:
- São carismáticos e animados, geralmente sendo o “centro das atenções” nas interações.
- Espontâneos e emotivos:
- Demonstram suas emoções de maneira aberta e intensa.
- Comunicativos e expressivos:
- Têm habilidades de comunicação natural e sabem envolver os outros em suas histórias.
- Usam gestos e expressões faciais marcantes ao se expressar.
- Criativos e entusiásticos:
- Possuem uma imaginação fértil e adoram novas ideias e desafios.
- São energéticos e têm uma atitude vibrante, que inspira aqueles ao redor.
- Desorganizados e dispersos:
- Podem ter dificuldade em manter o foco em tarefas monótonas ou que demandem muita atenção.
- Tendem a procrastinar e se distrair facilmente, precisando de estímulos constantes.
- Empáticos e calorosos:
- Preocupam-se genuinamente com as pessoas e são bons ouvintes.
- Demonstram afeto de forma generosa e adoram agradar.
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A psicologia moderna relaciona o temperamento sanguíneo ao traço de extroversão nos cinco grandes fatores de personalidade (Big Five). Estudos indicam que indivíduos extrovertidos têm maior propensão a experimentar emoções positivas, buscar atividades sociais e apresentar maior resiliência emocional.
Além disso, teorias como a de Hans Eysenck sobre personalidade destacam a relação entre o temperamento sanguíneo e baixos níveis de estimulação cortical, o que pode levar à busca por estímulos externos.
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